Biden a frente de Trump
Candidato democrata tem vantagem também em 2 dos 3 estados que podem definir a eleição presidencial deste ano e está encostado no presidente no Texas, tradicional reduto republicano. Trump desdenha dos números e ameaça contestar votos enviados pelo correio.
Falar em pesquisas para a eleição presidencial dos Estados Unidos desperta grande desconfiança. Especialmente quando Donald Trump é um dos candidatos.
Em 2016, o republicano contrariou todas as espectativas e derrotou a democrata Hillary Clinton, apontada como líder em praticamente todos os levantamentos e projeções.
A ex-secretária de Estado até ficou na frente no total de votos, mas perdeu no Colegio Eleitoral.
Quatro anos depois, Trump aparece novamente em segundo - e com uma desvantagem ainda maior. Praticamente todas as pesquisas de grandes institutos apontam Joe Biden à frente.
O resultado, porém, deve demorar a sair. A apuração deve levar mais tempo porque alguns estados só começam a contar os votos que foram enviados pelo correio após o fechamento das urnas.
Além do aumento expressivo na votação antecipada, é preciso validar a autenticidade das cédulas.praticamente 100 milhoes votaram antecipadamente, dos quais 63,9 milhões foram pelo correio. O comparecimento bateu recorde e representa 72,3% de todos os votos da eleição de 2016.
Principais pesquisas
Dois sites que calculam uma média das principais pesquisas confirmam a vantagem de Biden, segundo dados coletados até domingo.No Real Clear Politics, o democrata tem 50,7% e Trump, 44% (uma diferença de 6,7 pontos percentuais).
No Five Thirty Eight a diferença é maior: 51,7% para Biden e 43,4% para Trump, (uma distância de 8,3 pontos percentuais). O atual presidente está atrás do rival desde março, e a distância variou entre 3,4 pontos em abril e 10,7 pontos em outubro.
Os dois sites também fazem comparações nos três estados que podem decidir a eleição. Entre aqueles com mais delegados no Colégio Eleitoral, Texas, Flórida e Pensilvânia são os que estão com disputas mais acirradas e podem fazer a diferença este ano.
No Texas, que tem o segundo maior Colégio Eleitoral do país e tradicionalmente cede seus 38 delegados aos republicanos, a média entre as pesquisas feitas entre 20 e 30 de outubro aponta uma diferença de 1,2 ponto percentual, com 47,7% para Trump e 46,5% para Biden. No Five Thirty Eight, a distância é de 1 ponto: 48,5% a 47,5% em 1º de novembro.
Na Flórida, outro estado que geralmente vota no partido de Trump e tem o terceiro maior Colégio Eleitoral, o republicano também pode sofrer um revés e ver Biden conquistar os 29 delegados.
O Real Clear Politics calcula, somando dados entre 24 de outubro e 1º de novembro, que Biden tem uma vantagem de 1,7 ponto, liderando por 48,3% contra 46,6%. Segundo o Five Thirty Eight, a vantagem é maior: 48,8% para o democrata e 46,4% para o republicano.
Por fim, os extremamente disputados 20 delegados da Pensilvania também devem ficar com Biden.
O Real Clear Politics avaliou pesquisas entre 27 de novembro e 2 de novembro e calculou que o democrata tem 49,2%, contra 46,3% de Trump,(uma vantagem de 2,9 pontos percentuais). O Five Thirty Eight aponta que o favoritismo é ainda maior: 50,2% a 45,4% (4,8 pontos de diferença).
E se as pesquisas não estiverem Correctas?
O jornal "New York Times" mantém um site no qual reúne as pesquisas divulgadas diariamente em todo o país. Na segunda-feira, foram 64 levantamentos, incluindo estaduais e nacionais, realizados por diferentes instituições.
Trump apareceu na frente em 11 sondagens, todas estaduais: Geórgia, Missouri, Carolina do Sul, Indiana, Michigan, 2 na Pensilvânia e 4 em Ohio.
Biden lidera em alguns estados e aparece com grande vantagem nas sondagens nacionais: chega a aparecer com 12 ou 13 pontos de vantagem.
O jornal projeta que o democrata deve conquistar 351 delegados no Colégio Eleitoral, contra 187 do republicano, caso as pesquisas se confirmem "perfeitamente".
O New York Times" prevê uma vitória mesmo se "as pesquisas estiverem tão erradas como em 2016 neste caso, Biden deve ser eleito com 335 delegados, contra 203 de Trump.
Trump ataca pesquisas
Na segunda-feira, dia em que Trump e Biden fizeram seus últimos comícios, o presidente atacou as pesquisas, desdenhando dos números que não o favorecem. "Eu vejo estas pesquisas falsas", disse para uma multidão em Fayetteville, na Carolina do Norte. "Nós vamos ganhar de qualquer maneira".
Na véspera da eleição, ambos concentraram suas atividades na Pensilvânia, que deve ser o estado mais decisivo deste ano. Em 2016, Trump venceu por 44 mil votos, mas agora as pesquisas indicam uma vantagem de Biden.
A Pensilvânia também pode se tornar o centro de uma polêmica, já que é um dos estados onde a Suprema Corte permitiu a contagem de votos recebidos pelo correio até três dias depois da eleição – desde que eles tenham sido enviados até a data limite de 3 de novembro.
Fonte: Globo news
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